Pedacito

LER & CRIAR É SÓ COMEÇAR


Sem a curiosidade que me move, que me inquieta,que me insere na busca, não aprendo nem ensino".

( Paulo Freire)



terça-feira, 20 de abril de 2010


A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro já começou

Autor: Luiz Henrique Gurgel
A segunda edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro foi lançada oficialmente em todo o Brasil. O lançamento nacional ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 2 de março, na Academia Brasileira de Letras. Contou com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad e do vice-presidente da Fundação Itaú Social, Antonio Matias. Em seguida, vieram os eventos regionais: Belém (04/03), Curitiba (09/03), Goiânia (11/03), Fortaleza (16/03), São Paulo (23/03) e Belo Horizonte (25/03).
A meta para 2010 é atingir 80 mil escolas em todo o país, chegando a 300 mil professores inscritos em 5.450 municípios. Serão nove milhões de estudantes de escolas públicas participando das oficinas de leitura e produção de texto em sala de aula. O trabalho de professores e alunos deve se estender até agosto, quando se inicia a seleção de textos nas escolas. Na sequência virão as etapas municipal, estadual, regional e a premiação nacional, em Brasília.
São Paulo reuniu centenas de representantesEm São Paulo, o encontro aconteceu no Instituto Itaú Cultural, na Avenida Paulista, reunindo mais de duzentos representantes de 88 cidades do Estado. Na primeira edição da Olimpíada, em 2008, São Paulo teve 6.677 escolas participando, quase 60% da rede estadual. Ana Beatriz Patrício, diretora da Fundação Itaú Social, apresentou o evento, que contou com a participação de Maria do Pilar Lacerda e Silva, Secretária de Educação Básica do MEC; Maria do Carmo Brant, Coordenadora do Cenpec; Guilherme de Carvalho, Secretário adjunto de Educação do Estado; além de João Alegria, do Canal Futura e João Ortolan, da Undime-SP.
Reunião técnicaNos mesmos dias em que aconteciam os lançamentos oficiais, também foram realizadas reuniões técnicas da equipe que coordena a Olimpíada com professores e técnicos, das redes municipais e estaduais de todo o país.
Nesses encontros foram apresentadas informações gerais sobre as inscrições e a participação de Estados e municípios. Especialistas de universidades públicas brasileiras, que trabalham nas ações de formação de professores da Olimpíada, debateram a fundamentação teórica e metodológica proposta no programa. Nessa ocasião também foram apresentadas as publicações, os materiais pedagógicos e a Comunidade Virtual Escrevendo o Futuro. Estes são os principais recursos que estarão disponibilizados para escolas, alunos e professores que se inscreverem e participarem da Olimpíada.
Para Juliana Almeira Silva, coordenadora pedagógica da secretaria de Educação de Campos do Jordão, no interior de São Paulo, “a formação que a Olimpíada proporciona ao professor é o grande diferencial”. Já Valdete Shirlei da Silva, professora da Escola João Solimeo, no bairro da Casa Verde, na capital paulista, falou da importância do aprimoramento: “Sempre quis participar desses encontros de formação, já que faz parte da profissão estar continuamente aprendendo”. Bernardete Moura Fernandes, colega de Valdete na mesma escola, completa: “todo professor tem que ter espaço fora de aula para interagir com colegas que vivam outras realidades”.
Resgatar o lugar do professorSegundo Sonia Madi, coordenadora pedagógica da Olimpíada, as ações iniciais para divulgar a proposta já foram realizadas. “Agora, está na mão dos técnicos a continuidade desse trabalho”, afirmou, lembrando dos profissionais que viajaram centenas de quilômetros para participar dos lançamentos e reuniões técnicas. “Isso ocorreu porque hoje, a proposta da Olimpíada já tem reconhecimento tanto da universidade quanto do professor que está atuando em sala de aula”, disse. Sonia destacou que o número de participantes das reuniões técnicas superou as expectativas: “Os professores e técnicos que abraçaram a proposta desejam se aprofundar seus conhecimentos e aprimorar o ensino da leitura e da escrita”.
A coordenadora da Olimpíada finaliza: “Acho que vivemos, por muito tempo, uma negação do papel do professor. Várias teorias falavam em ‘expressão livre’, ‘criatividade’, em deixar os meninos ‘andarem por si’. Essa proposta resgata e valoriza o papel, o lugar daquele que ensina: o professor.”
Publicado em: 30/03/2010